O que são hepatites virais?
O mês de julho está à porta. Durante este mês, a Aceni faz uma campanha do Julho Amarelo para destacar um grave problema de saúde pública, a hepatite que é a inflamação do fígado.
São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes para as políticas públicas no setor.
Saiba quais os tipos de hepatite e formas de transmissão:
Hepatite A
O vírus da hepatite tipo A (HAV) é transmitido por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra por via sexual.
Hepatite B
O vírus da hepatite tipo B (HBV) é transmitido principalmente por meio de fluidos corporais. Usuários de drogas injetáveis e pessoas submetidas ao uso de material cirúrgico contaminado e não-descartável e lâminas de barbear ou alicates compartilhados têm maior risco de contrair esta forma de hepatite. Este vírus pode ser passado pelo contato sexual, reforçando a necessidade do uso de métodos de barreira, como os preservativos. Pode ainda ser transmitido verticalmente, da mãe para os filhos.
Hepatite C
O vírus da hepatite tipo C (HCV) é transmitido sobretudo pelos fluidos corporais. Usuários de drogas injetáveis e pessoas submetidas ao uso de material cirúrgico contaminado e não-descartável e lâminas de barbear ou alicates compartilhados têm maior risco de ter este tipo de hepatite. O vírus também pode ser passado pelo via sexual, reforçando a necessidade do uso de preservativos e outros métodos de barreira.
Hepatite alcoólica
Pode ser causada pelo uso abusivo de álcool que pode levar a uma hepatite alcoólica crônica ou desencadear um processo crônico que leve a cirrose e insuficiências hepáticas.
Hepatite medicamentosa
Vários medicamentos (inclusive fitoterápicos) podem lesar o fígado e para certos remédios o risco é tão elevado que o fígado deve ser monitorado com exames laboratoriais periódicos para, no caso de ocorrer lesão hepática, suspender precocemente o medicamento.
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Hepatite autoimune
Como resultado de uma falha no sistema imunológico, este começa a produzir anticorpos que vão reagir contra o próprio fígado. Mais comum em mulheres, este processo pode se desenvolver de forma crônica, com períodos de exacerbação, e até levar à cirrose hepática se não tratado adequadamente.
Esteato-hepatite não alcoólica
O acúmulo de gordura no fígado chamado de esteatose hepática, que acomete cerca de 20% dos brasileiros, pode evoluir para uma forma inflamatória (esteato-hepatite não alcoólica) com risco de cirrose, insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular.